terça-feira, 19 de outubro de 2010

Descaso da Prefeitura com FestLendas 2010


O festival acabou, mas ficaram algumas lições aos representantes de danças. A principal e de que não devemos confiar na palavra de alguns políticos aripuanenses. Este festival foi realizado graças a perseverança dos coordenadores de danças, que conseguiram junto ao governador do Estado R$50,000,00 que foram questionado pelo ex-prefeito justificando que no festejo de Borba o governador repassou R$400,000,00 para o festejo de Santo Antonio de Borba, contudo responsabilizou os representantes de danças pelo recurso ser pouco. Entretanto aresponsabilidade é totalmente do prefeito e de seus secretários, haja visto que os projetos deve partir dele. Isso demonstra total falta de competência...
O repasse ficou dividido com as nove danças, sendo que cada Quadrilha R$2,000,00 as Cirandas R$7,000,00 e as Lendas R$8,500,00. No entanto, o ex-prefeito prometeu repassar R$15,000,00 para as lendas, R$10,000,00 para as Cirandas e R$5,000,00 para as quadrilhas. Viajamos com um orçamento e trabalhamos com outro bem inferior. Infelizmente alguns políticos as palavras voam no vento, é o caso do ex-prefeito.
Logo após a chegada dos coordenadores em Novo Aripuanã ficou acertado que o dinheiro da vendas das barracas, dos camarotes e mesas seria a premiação das danças no festival. Nesse caso a prefeitura não gastou nada com o evento, pois até a reforma da arquibancada foi patrocinada pela madeireira Iguaçu.
A falta de apoio da prefeitura era notável, a desorganização era total não por culpa dos organizadores que realizaram com coragem o evento. Muitos moradores perguntavam, por que nem uma autoridade foi realizar a abertura do festival? Só as autoridades podem nos responder a falta de interesse e desvalorização da cultura aripuanense.
O Centro Cultural está acabado, destruído, os banheiros sem condições nenhuma de uso, deplorável para as mulheres. Lembro que em 2001 os banheiros eram bem estruturados com água na torneira, espelhos e higienizado durante e logo após o evento. Sem falar das arquibancadas que estão todas com casa de cupim, ao ponto de cair, graça a Deus não aconteceu uma tragédia.
Algumas pessoas que compraram os camarotes no valor de R$200,00 devolveram preocupados com a falta de segurança, principalmente o do centro e do lado esquerdo que estão com as tabuas podres e soltas, sem falar na escada que é íngreme e sem corrimão a ponto de alguém cair. Outro problema é que nos camarotes não havia cadeira e nem mesas, quem comprou teve que trazer de casa os acentos. Infelizmente a falta de apoio da prefeitura com a coordenação do festival era lastimável, as danças quando entravam na arena tinham que afastar as crianças que invadiam a quadra destinada as danças, impressionante era que não tinha limite entre as pessoas que compraram as mesas e o publico que tomavam conta sem nenhum respeito. Tantos funcionários empregados (hoje sabemos que tem até funcionários fantasma) na prefeitura será que os secretários não podiam designar ninguém. Era uma verdadeira bagunça a falta de administração do ex-prefeito e dos secretários de sua confiança.
Sem falar que as alegorias foram destruídas por umas crianças mal educadas, que pareciam aquelas formigas saúva que por onde passam acabam com tudo. Um dia depois do festival fui recolher os matérias da alegoria, como madeira, rodanas, e por incrível que pareça, já tinham roubado tudo! E o vigia do centro cultural não sabia explicar quem tinha furtado.
A cultura aripuanense não pode acabar, cabe a nós coordenadores de dança, legalizarmos e transformamos as danças em associação folclóricas, para obtermos recursos da Secretaria de Cultura do Amazonas. Depende de cada dança legalizar-se antes do final deste ano, para darmos entrada no calendário cultural de 2011, não podemos ficar dependendo de políticos mau caráter, que só pensa em usufruir do dinheiro publico e de enriquecer ilicitamente. Eles que dependem da gente, pois lidamos com o povo, que ama a cultura e valoriza. Parabéns! A todas as danças que participaram este ano, por amor, respeito, consideração, coragem, esforço em colocar em quadra um belo espetáculo.

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