segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Infância em Novo Aripuanã


Quando criança gostava de ir ao Rio Aripuanã tomar banho com o meu avô, não sabia nadar, mas tentava aprender usando salva vida. Naquela época as mulheres lavavam roupas e vasilhas na beira do rio em cima de troncos. Esperava o meu avô pegar a cuia e convidar eu minha irmã para “molhar a água” íamos sorrindo e alegres com o desejo de que aquele momento permanecesse parado no tempo.
Minha vó sempre dizia “olha meninos! Água não tem cabelo!”, mas nem ligávamos para os conselhos, à vontade e o desejo era maior que a preocupação. Um dia viajamos para uma comunidade chamada Paraná dos Araras, onde o meu avô contava uma historia de que: uma cobra grande tinha feito uma cratera que se estendia até a casa de farinha, e que começou apenas com um furo que estrondava por varias noites. Mas o incrível é que neste vão haviam vários peixes e que a profundidade do buraco é enorme. Um dia minha Irmã furou o pé com esporão de mandií, dor insuportável! E a comunidade era longe da cidade, minha vó usou o conhecimento oriundo da floresta, colocou tabaco com andiroba e copaíba no ferimento, e a dor amenizou e noutro dia o ferimento tinha desinflamado.
Minha vó me carregava dentro do paneiro, e no caminho da roça ia colocando as frutas para minha alimentação. Ficávamos dias naquela localidade, em 84 deu uma enorme enchente que trazia com ela trocos de árvores, cobras e jacarés. Entretanto éramos crianças e não entendíamos o que se passava, mas um dia minha irmã e eu pegamos uma gamela – feito canoa – e remamos ao rio. Meus avôs quase morreram quando viram nos dois no meio do rio Paraná, que são cheios de Jacarés, até hoje eu não sei como nos pegaram.
Vive o sofrimento dos meus avôs em trabalhar na juta, passavam horas e horas com a metade do corpo na água suja e cheia de sanguessuga, correndo risco de adoecerem por míseros pagamentos. Muitos regatões exploravam a falta de conhecimento de meus avôs e de outros caboclos, alem de trabalhar com juta eles também eram seringueiros, talvez a forma de trabalho que realizavam tenha prejudicado tanto a sua saúde.
Tomava-mos café torrado na hora, com bejú de tapioca com castanha, não tinha leite, pois era muito caro, mas lembro do Coroa de Rei, Campo Verde, das bolachas Papaguara, marcas que davam água a boca só de pensar em tomar café.
Quando voltamos ao Aripuanã em 86 em plena copa do mundo, olhei pela primeira vez meio desconfiado uma televisão, meus avós não tinham TV na época, então ficávamos em frente da casa do ex-prefeito, olhando curiosamente para aquela caixa de madeira que aparecia imagem e falava. Encantados ficávamos horas em pé em frente à janela do ex-prefeito Nilton Buzaglo.
Todas as crianças que moravam próximas acordavam cedo e brigavam pelo melhor lugar na janela, incomodávamos muito os moradores da casa, mas nem nos importava com o calor, frio, chuvas, etc., queriam está ali, olhando os desenhos do manda chuva, flinstones, smanfets, Rintintin, os Trapalhões.
Comecei a estudar e tinha o sonho de ganhar uma lancheira, daquelas que vendiam na extinta COBAL, no entanto meus pais não tinham condições financeiras para comprar, então eu levava meu copo pendurado na cintura, meus livros e caderno colocava em sacas de sandália havaianas, mas nunca faltava pois meus avós mesmo sendo analfabetos sabiam que a educação era o melhor caminho para alcançar nossos objetivos. Vivi minha vida escolar na escola que hoje eu sou professor, e que meus filhos estão estudando, Escola Estadual Professor Francisco Sá antes mesmo de me matricularem eu já freqüentava as áreas do colégio, lembro da antiga Telamazon, onde a professora Neumice era a operadora de telefone e o seu Perigoso comunicava para quem era o telefonema. Do Mobral com a Professora Arlete Leandro, do futebol de salão na quadra toda deformada, do voleibol e dos fins de semana perturbando os vigias.
Uma lembrança inesquecível era da época que eu vendia pão, por influencia dos colegas resolvi tentar, convenci meu avô a comprar uma galera. Acordava às 4 da manhã para pegar o pão, todos os padeiros tinham seus fregueses, e a localidade que mais vendia era no bairro da Bolívia. No entanto todos tinham medo de atravessar o cemitério, então esperávamos o dia amanhecer, e o primeiro corajoso a atravessar o cemitério vendia todos os pães e ganhava o maior lucro. Tive muito prejuízo com a venda de pães, por que era pequeno e não sabia negociar, os padeiros maiores me enganavam e eu tinha muita curiosidade deixava minha galera para pular n’água logo de manhã, esperava os barcos de linha atracar no porto, para pegar reboque até o meio do rio Aripuanã. Muitos meninos esperavam os barcos como: Dois Irmão, Mario Antonio, Almirante Vicente entre outros. Ficávamos horas esperando o barco desatracar... Os segundos que ficávamos presos aos pneus do barco eram incríveis.
Minha vó me amedrontava quando chegava a Corveta do exercito, sempre ela dizia que eles vinham prender as crianças que eram desobedientes. Um dia veio um circo a Novo Aripuanã, não lembro o ano, mais faz muito tempo, quando o circo começou a ser armado, bem do lado da escadaria olhava encantado e espantado com os animais, artistas e com vida que as pessoas levavam. Depois do circo armado tentei entrar para olhar curiosamente com funcionava o espetáculo. O circo era todo cercado de arame farpado, passei eu e meus colegas por baixo do arame, mais um dos seguranças correu atrás da gente, então me joguei por baixo do arame e acabou arranhando minha costa, sair gritando lá do circo até minha casa.
Minha irmã sempre foi dedicada em seus estudos, eu já era o contrario, tinha muita dificuldade em aprender, meu desenvolvimento era lento. Minha tia que é professora levava eu e minha irmã para escola, enquanto a Greice estudava eu ficava escondido atrás da porta da sala de aula. Devo muito a minha tia, hoje somos colega de profissão, pela mão dela passaram muitos alunos, muitos ela ensinou a ler e escrever, são mais de 30 anos de profissão e dedicação com a educação aripuanense, infelizmente o educador não é valorizado, e nem reconhecido pela dedicada profissão que exerce.

Coordenadores das Danças viajam para Manaus


Depois de alguns meses de negociação entre os representantes de danças folclóricas e o prefeito, tudo ficou certo sendo que neste domingo os coordenadores viajaram com destino a Manaus.
A partir da outra semana começa os trabalhos visando o evento deste ano, as Lendas, Cirandas e Quadrilhas começam a ensaiar nas ruas e modificando o clima vivido em Novo Aripuanã, a festa será realizada no mês de setembro antes da eleição nos dias 23,24 e 25.
A população de Novo Aripuanã aguardam o festival, sobretudo os vendedores autônomos que através do evento ganham com vendas de comidas, bebidas e artesanatos. Toda a população se beneficiará do festival de forma que neste período as danças geram empregos a costureiras, carpinteiros etc. a uma geração de empregos direta e indiretamente. Venha e participe do maior evento cultural de Novo Aripuanã.

Futebol Arte


Nesta sexta aconteceram os dois primeiros jogos das quartas de finais do Campeonato de Futsal 2010, entre Amazonas Energia X Julieta Lopes e União X Mestre Pacu, dos jogos emocionantes que levaram as torcidas ao delírio.
Amazonas Energia 5 X 2 Julieta Lopes, apesar do time da escola Julieta ser o mais novo e menos experientes, demonstraram força de vontade e demonstraram que o futebol aripuanense está se renovando, entretanto o time do Amazonas Energia não abriu mão da vitória, jogou um futebol para frente e optou em contratar dois jogadores da cidade de Borba, habilidosos, raçudos, e cooperativos. O time da escola Julieta estava muito nervoso de forma que acabou de influenciar no resultado final.
No outro jogo Navegação Mestre Pacu ganhou no pênalti para Time União, o jogo ficou marcado por muitos erros de arbitragem, os árbitros influenciaram no resultado final. Sendo que um dos gols foi confirmado sem que a bola entrasse, expulsão do jogador errada, faltas marcados erradas entre outros erros, o jogo terminou no tempo normal por 3X3, sendo que União abriu o placar chegado a ficar com dois gols de diferença, entretanto Mestre Pacu não desistiu e conseguiu obter um empate glorioso antes do final da segunda etapa.
Nos pênaltis a sorte ficou do lado do time mais prejudicado pelos árbitros, liderados pelo goleiro Raimar, o time conseguiu vencer e convencer e deixou a torcida mais empolgados para semifinais.
No sábado mais dois jogos entre Flutuante Dona Rosa X Navegação Ana Carolina, e Navegação Brasil X Navegação Celso Reis. O primeiro jogo terminou 2 X 2 e foi para o pênalti, sendo que Navegação Ana Carolina ganhou e conseguiu a terceira vaga. O segundo jogo também terminou empatado por 1 X 1 e foi para o pênalti, Navegação Brasil ganhou e conseguiu a ultima vaga para semifinais. O sorteio dos confrontos finais foi realizado segunda feira pela radio Tucumã fm. Nesta oitava de finais notou-se um equilíbrio entre os times, tanto que apenas um jogo não terminou nos pênaltis, a falta de apoio e visível nesta competição, espero que no Próximo campeonato seja pelo menos recuperada a quadra municipal que se tornou um marco do Futsal aripuanense.
É marcante a falta de apoio dos nossos representantes, o futsal não pode ser feito sem uma estrutura adequada, felizmente a força de vontade dos representantes de clubes que gastam e investem por amor ao esporte!

Madrugada de terror, no bairro Nossa Senhora da Conceição


Segundo alguns moradores do bairro Nossa Senhora da Conceição, todos os dias alguns jovens reúnam se para beber e usar drogas, nesta ultima quarta feira, dia 18 de agosto, às 5 horas da manhã houve uma briga entre duas mulheres.
Uma dela deu algumas terçadadas na cabeça da outra, os vizinhos levaram a vitima para o hospital local desacordada e sangrando muito. De acordo com as testemunhas a Vitima é conhecida pelo apelido de “oncinha”. Entretanto os amigos da vitima, embriagados invadiram algumas casas do bairro e agrediram a agressora com chutes, murros e pontapés.
Segundo a direção do hospital as duas vitimas encontram-se em observação, pois os ferimentos foram graves, e as duas galerosas estão internadas na unidade hospitalar. Deveriam está na cadeia, pois lá que é o local adequado para marginais... Os moradores do Bairro Nossa Senhora da Conceição pedem ajuda as autoridades aripuanenses, antes que aconteça uma morte.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ficha Limpa!


Ultimamente o povo brasileiro conquistou sua maior vitoria no sistema Democrático, conseguiram no ano passado 1,5 milhões de assinaturas, idealizados pela CNBB para um projeto de Lei enviado a Câmara e ao Senado.
O maior problema era se essa lei passaria pela câmara e pelo senado, chegaram a empurrar com a barriga por três meses, muitos deputados e senadores ficaram entre a cruz e a espada, mas a lei foi aprovada e sancionada pelo presidente Lula. Entretanto ficou mais uma duvida para população, se esta lei seria implantada ainda este ano. Porem os ministros do Superior Tribunal Eleitoral tiveram o bom senso e este ano a lei será empregada.
Alguns políticos amazonenses estão com os seus nomes na lista e divulgada pelo TSE, entre eles estão políticos aripuanenses, claro que não podia faltar o nome do nosso atual prefeito de Novo Aripuanã que segundo um conhecido meu “...é mais sujo, que corda de amarrar pato.” Observe a lista e analise o passado de cada candidato antes de votar.

Aeroporto Clandestino


Há mais de seis anos o Aeroporto Municipal de Novo Aripuanã-Am, foi interditado, sendo inadequado para funcionar segundo a Infraero. Alguns prefeitos já passaram e nada foi feito para solucionar este problema.
A pista não tem estrutura para suporta um avião de pequeno porte (monomotor). Além do mais o aeroporto está cercado de casas e de urubus voando próximo ao local. Fica um alerta as nossas autoridades pela gravidade do problema.

Quantidade não significa Qualidade

Quando termina o campeonato e/ou copa – com vários nomes de políticos homenageados - de Futsal sub-17, sub-20, sub-23 e principal. Logo após o termino inicia-se outro, com outro nome, outro político homenageado com a mesma babaquice de sempre! Entretanto a quadra municipal está sem condições de praticar futsal. Os atletas correm risco de se machucar, as condições são mínimas de desenvolver um bom futebol.
A quadra municipal está toda destruída, sem iluminação adequada, tanto que é feito um rabicho que vai da prefeitura para quadra, a secretaria de esporte fornece materias esportivos de péssima qualidade.
E o pior de tudo é que não dão apoio nenhum aos clubes de se prepararem para a competição. Fica uma observação aos coordenadores que realizam o evento, solicite dos políticos homenageados pelo menos uma reforma a nossa quadra municipal que está abandonada e materias esportivos de boa qualidade. Chega de jogar futsal com bolas de peruano.

Época de Gloria!

Tenho pouca lembranças de quando estavam construindo a Recreação Atlética Flamengo de Novo Aripuanã, vários atletas, amigos e simpatizantes do clube. Tempo áureos do futebol aripuanense, que levavam varias pessoas ao campo de futebol, lá onde está localizada a Escola Estadual Joaquim Canamari Gualberto, lembro de seu Geraldo Colares e suas bandeiras do Flamengo, Manduca Brasil, Dona Luna, tia Rita, Santito, Tio João Pinto etc.
Tinhamos orgulho do futebol local, grandes atletas que se dedicavam, tinham amor ao clube que representavam. Tempos áureos, que ficaram no passado com clubes como o SÃO PAULO, FLAMENGO, PALMEIRAS, FLUMINENSE, NACIONAL, INTERNACIONAL, AMERICA e SANTOS. Nossos governantes valorizavam o futebol, contratavam jogadores em Manaus como: Índio, Louro, entre outros. Jogos memoráveis entre São Paulo X Flamengo, Flamengo X Fluminense, Palmeiras X Nacional e etc. Comemorações de campeonatos do São Paulo no Bar do Zilmar, do Flamengo no recente inaugurado clube, do único titulo do Palmeiras em cima do Nacional, do Fluminense na casa do Mario Cesar, das mandingas dos jogadores como a tolha vermelha atrás do gol do Zilmar, da pressão da torcida nas decisões dos títulos no pênalti, dos gols decisivos ou de pura sorte do Sávio em cima do Carneirinho. Não cheguei a ver grandes jogadores como Xambeta, Bifó, De Pau, no auge do seu futebol, mas lembro do Padre Marcos com a camisa do Fluminense, do Mirandinha do Iteram com a camisa do Palmeiras, do Gasolina tentando driblar o Valmer Sodré, tempo em que as camisas eram de pano, o calçado eram congas e kichutes, o campo sem grama e de terra batida, mas a emoção passava a cada minuto e a cada segundo.
Ir ao campo Francisco de Oliveira Santana tornara se um vicio, que consumia cada torcedor, sábado e domingo era de costume torcer ao clube de coração, jogos na televisão ficavam em segundo plano. Muitas vezes acordava cedo e via às 5 horas da manhã jogadores treinando para campeonato.
Não me lembro do ultimo Campeonato Aripuanense de Futebol de Campo, e acho que não faz muito tempo que aconteceu talvez uns três anos, não me lembro do clube campeão. No entanto, lembro do único titulo do Palmeiras, e do seu técnico Nilton Buzaglo, que alternava entre jogadores experientes e novatos como Woshigton Alho e João do Arigó com apenas 16 anos de idade. Do titulo do Fluminense em cima do Flamengo, ganhando de um time superior tecnicamente, mas a garra, dedicação, força de vontade e a sorte do clube pó de arroz prevaleceram.
Jogos marcantes como Flamengo X C. A. Paranã dos Araras, onde o Flamengo do jogador Serginho Animal goleava até o final do 1° tempo por 3 X 0, quando entrou um jogador chamado Jileno e arrebentou fez 3 gols e deu passe para o gol da vitória inexplicável. Outros jogadores como Chico Victor, Tupã, Galo, Valdedir, Horlei Menezes, Valmer, Izequiel, Gamundo, Bolinha, Zezinho Holanda, Nego Colares, Glacio, Negão Klinger, Sabino, Carlos Pinto, Gian, Ilmo, Lulu, Mundiquinho, Jorge Pisuim, Manoel Melo, Santarém, Zilmar, Luis Carlos, Bifó, Xambeta, Batatinha, Milton, entre outros que fugiu da memória brilham no campo dos veteranos.
Hoje observando a Recreação Atlética Flamengo, notamos a decadência em que se encontra o futebol aripuanense, clube que outrora deu muitas glorias a nação rubro negra está no mato, destruído e interditado, assim como o futebol...

E o vento levou!


Depois de um mês da reinauguração do estádio Francisco de Oliveira Santana, para agradar alguns políticos em busca de votos. Aconteceu o que todos esperavam, no primeiro temporal o vento levou a cobertura da arquibancada, graça a Deus que naquele dia não tinha nenhum jogo, mas fica uma ressalva aos políticos aripuanenses e amazonenses de que o dinheiro publico deve ser empregado com responsabilidade.
Cabe ao Tribunal de Contas da União analisar mais uma obra do governo mal administrada.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Novo Aripuanã cresce e a população diminui

Deste de 1996 que a população Aripuanense vem diminuindo, entretanto acho que são vários fatores que refletem nessa baixa densidade demográfica.
Uns dos fatores é que há alguns anos atrás políticos mal intencionados em obter uma maior renda do IFPM mascarou esse índice. Quando menino em 86 o numero de habitante era mais ou menos de 30.000, e a cidade não passava da casa onde é o comercio Ponto 10 e o Aeroporto era o local mais longe de Novo Aripuanã, e em 86 muitos moradores da zona rural não tinham nem documento e o numero de moradores era altíssimo.
Hoje Novo Aripuanã tem sêxtuplo do tamanho de 86 e população não passa de 20.000 habitantes, e quase todos os dias nascem crianças no hospital local. Outro fator é que os filhos de Aripuanenses estão buscando melhores condições de vida. Vários exemplos de pessoas que saíram desta cidade em busca dos seus sonhos e hoje são excelentes profissionais na área que optaram. Muitos filhos de aripuanenses moram em Manaus e pretendem voltar, mas a cidade não oferece condições educacionais às futuras gerações. Esse êxodo rural acontece deste 96, no entanto vários leques de opção educacionais são abertos aos estudantes aripuanenses como: PSC, Enem, UEA, Pro Uni e outros.
Este ano vai ser realizado mais um levantamento do IBGE e os recenseadores não podem inventar famílias e nomes como há anos atrás, tudo está informatizado e minuciosamente analisado, examinado e inspecionado por Brasília.
Novo Aripuanã hoje tem 10 Bairros: Bolívia, Colômbia, N. S. da Conceição (Alvorada), Tucumã, Geraldo Colares, Japiim, TV, Palmeiral, Castanhal e o Centro. Em 86 apenas 03, Bolívia , Centro e N. S. da Conceição (Alvorada). Por tanto era para ter o sêxtuplo de habitantes a mais que 1986.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Racionamento de energia causa transtorno em Novo Aripuanã


Há alguns dias o município de Novo Aripuanã vem sofrendo com um racionamento de energia, segundo a Amazonas Energia é um problema em um dos geradores (motores). E logo será resolvido, entretanto ouvir um relato de que no Hospital Estadual uma mulher grávida teve um parto de risco e a criança precisou ser levada para encubadeira, porém naquele momento a energia sofreu um blecaute. E todo o município ficou no escuro. Entretanto para o sofrimento da mãe e dos familiares a criança não resistiu e acabou falecendo.
Questionado sobre o gerador de energia do hospital, o responsável revelou que o gerador foi para Manaus, pois tinha explodido e seria revisado. Esses fatos não são casuais neste município já até se tornaram rotineiro, tanto a falta de energia como as conseqüências que ela pode causar a população mais carente.
Espero que tudo se resolva o mais breve possível, pois pagamos nossos impostos e temos o direito de sermos equilatado com um produto de qualidade. Infelizmente Novo Aripuanã vem sofrendo com este problema, assim como todos os municípios do Amazonas com a falta de planejamento do Governo Estadual. Novo Aripuanã está voltando no passado, há cinco décadas atrás, na época do romantismo em que se comia a luz de vela e lamparina.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Acidente no Rio Aripuanã




Nesta ultima segunda dia 02 de agosto de 2010 as 21 horas, aconteceu um acidente envolvendo duas embarcações: uma voadeira e uma canoa rabeta, ouve uma vitima grave e outras com ferimentos leves, e não correm risco de morte. Todas as vitimas foram atendidas no Hospital local de Novo Aripuanã, infelizmente uma senhora faleceu na hora do impacto. Ainda não foi exclarecido como foi acidente.

Cai o índice do Ideb das escolas municipais


Analisando o resultado do ideb no Estado do Amazonas, notou-se que as escolas estaduais conseguiram alcançar as metas projetadas pelo governo. No entanto as escolas municipais caíram consideravelmente, analisando como base o resultado de 2007, sendo que:
• E. M. Nossa Senhora de Lourdes: 3,5 – 2007;
2,6 – 2009;
• Escola Municipal Augusto Sá: 3,8 – 2007;
3,1 – 2009;
Na escola Nossa Senhora de Lourdes houve uma queda de 0,9 e na escola Augusto Sá 0,7. Apesar de alguns educadores buscarem culpados pelos resultados não alcançados, devemos analisar e refletir sobre o caminho que a educação municipal está seguindo. Culpar professores é muito fácil, jogar a culpa e a responsabilidade nos outros é assumir a falta de competência própria.
Diante das dificuldades enfrentadas pelos educadores que tiram todos os dias “leite de pedra” ensinando os alunos sem material didático escolar suficiente, pouca merenda e a falta de apoio, irresponsabilidade e incompetência do poder publico municipal. O resultado do ideb em 2009 é reflexo da má administração municipal, no entanto felizmente temos professores interessados, capacitados e, sobretudo comprometidos com a educação.

Tudo Parado!




Quando parecia que tudo ia dá certo em Novo Aripuanã, eis que inesperadamente as maquinas pararam por ordem judicial, justificado pelo juiz de direito. Claro que a população fica triste e um pouco decepcionado, porque a empresa que está realizando o trabalho de terraplanagem e de asfaltamento demonstra ter responsabilidade e compromisso com seu projeto de trabalho. Tanto é que em poucos dias estabelecida em nossa cidade já asfaltaram mais ruas que outra que ficou mais de seis meses enrolando, varrendo, esburacando e enganando a população.
Que Deus nos ajude e que tudo se resolva rapidamente, pois a população está cansada e pessimista em achar que nada dá certo em Novo Aripuanã.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lembrança da minha terra


Quando estudava na Escola Estadual Guilherme Buzaglo em 94,95 e 96, gostávamos de todos os dias de cantar a musica do Chico da Silva, que eu não me lembro o nome, mas lembro do refrão que ficou inesquecível em minha cabeça: “naquele tempo de menino, ainda tenho no meu peito muita saudade, roda pião, estilingue no pescoço, papagaio pra soltar...” bastava ouvir este refrão que lembrava a minha infância em Novo Aripuanã, dos brinquedos, das brincadeiras de criança, das comidas, da vivencias escolares etc.
Estudar e brincar, esses dos fatores foram essências na formação da minha personalidade, notei que meus filhos não vão viver a mesma infância que eu, até porque os tempos são outros. Não que eu seja saudosista, mas eu sinto falta do futebol na beira do barranco no final da tarde vendo o sol se por, de jogar pião, de brincar com peteca, brincar da “pira”, rouba “bandeira”, do “mata”, e outras brincadeiras ingênuas.
Naquela época – que não é tão distante – era difícil comprar brinquedo então tínhamos que construir os nossos, lembro que eu e minha irmã confeccionávamos, talvez isso tenha moldado o nosso caráter em valorizar tudo que conquistamos. Da lata de sardinha fazíamos carrinhos com rodas de sandália havaianas velha, da lata de conserva e um pedaço de perna manca um trator, do caroço de tucumã uma carrapeta e com pano varias bonecas.
Tive o privilégio de ser vizinho da família do seu Mundinho, e ficava olhando os irmãos confeccionar o boi para o festival no mês de junho, eles andavam em enormes pernas de pau, faziam diversos papagaios de varias formas e cores. Olhava para os papagaios com os olhos brilhando esperando que um dia um daquela caísse no quintal de casa. Claro que exagerávamos como pular do barranco, brincar da “pira” no rio até o olho ficar vermelho, mas não tínhamos a malicia, éramos ingênuos e brincávamos sem intenção de machucar ninguém.
Hoje as crianças aripuanenses não gostam de brincar, andam de cabeça para baixo e dizem que é hip-hop, não dão valor a quase nada, não constrói seus brinquedos e querem tudo pronto e acabado, a maioria não são adeptos de nenhuma religião.
Quando criança ouvia toda manhã de domingo, as musicas da igreja: O trenzinho, lá na terra do contrario, a jibóia e outras. Minha saudosa vó logo cedo determinava que tínhamos que ir a igreja. Passando em frente à igreja católica observei que tinha pouca criança, e isso e reflexo do momento de degradação de nossa sociedade. Às vezes eu brinco com alguns colegas meus e conto uma historia que meu avô contava: Numa certa época um padre antes de morrer expraguejou Novo Aripuanã e foi enterrado de cabeça para baixo. E por isso que em Novo Aripuanã nada dá certo, temos que exorcizar essa crendice.
O mês de junho para mim era a época que eu mais gostava, pois eram realizados as festas juninas escolares, participávamos das quadrilhas, dos bois corre campo, pingo de ouro, da dança do papagaio - que é uma dança típica de Novo Aripuanã e não é valorizada – dos versos do seu Galo e da saudosa Dona Maria José, do medo que tínhamos de pai Francisco, Cazumbá e mãe Catirina, das danças folclóricas e engraçadas.
Lembrança das festas para crianças no Palmeiras e Flamengo aos domingos, das bandas PALMERSON, MAQUINA QUENTE, LIDER, ALIBE (de Manicoré). Lembro que chegávamos às 18 horas e ficávamos até 1 hora esperando afinarem o instrumento. Valia à pena esperar, ouvir Carlos Pinto, Gouveia, Paulo, Naldo, Zé Amaro, Dudé, Nego Surá, Branquinho, Círio, Batista, Nirode e outros que eu não consigo lembrar neste momento.
Tenho 32 anos de idade e sinto muita saudade daquele tempo, sonhávamos muito, pena que não se pode voltar ao passado fisicamente, mas relembrar faz um bem à alma!
Alguns sons são memoráveis como o do padeiro gritando ao amanhecer, da Voz Cabocla, Voz Continental, Voz Municipal e da Voz Paroquial. Dos programas como do Bianeck que ao amanhecer acordava a todos moradores com um som inesquecível de um berrante, som memorável para os alunos que faziam educação física graças a ele que muitos não faltavam. O som do “pau do cão”, do “gambá”, das ladainhas, dos batuques nas esquinas, das orações das 18 horas nos alto-falantes da igreja católica. Todos esses sons são marcantes para população aripuanense! Inconscientemente ficam em nossas lembranças.
Ao amanhecer encontrávamos os vendedores de tucumã lá do bairro da Bolívia, os pescadores como: seu Deoclides, Surubim, Feliciano, Manelito, Rufino, Chaguinha e outros que pescavam tambaqui, pirarucu e diversos peixes, e contavam grande estória de pescador. São personagens marcantes, mas que há de esquecer o cheiro de pão quente do mestre Paraíba, que alastrava por todo quarteirão entre a Rua Getulio Vargas com a Joaquim Andrade. Do fritinho de tapioca da Dona Xandoca na Escola Professor Francisco Sá, do sorvete do seu Newton Aroucha, maquina barulhenta que valia a pena ouvir o barulho e depois deliciar o sabor.
Morei em Manaus e voltei a Novo Aripuanã, não conseguia ir à Manaus Moderna, pois sempre sentia o desejo de volta a terra do tucumã, então evitava, entretanto a experiência de sair e voltar a Novo Aripuanã foram inigualáveis para minha vida profissional e familiar, estudei e conseguir realizar a pós-graduação em artes, e vivenciei muita experiência de vida trabalhando em Manaus pela SEMED/Manaus. Quando eu escrevo sobre Novo Aripuanã sempre eu cito uma frase: “Morar em Manaus é ÓTIMO, mas é uma M..., morar em Novo Aripuanã é uma M..., mas é ÓTIMO!”

Lenda do Tucumã 2010


Em 2010 estamos na expectativa da realização do FestLenda, mesmo sem a confirmação da realização do festival as danças estão trabalhando na criação dos Temas e nos croquis das fantasias e alegorias.
A Lenda do Tucumã tem 99% dos trabalhos de criação preparado, este ano vem com o Tema: AMAZÔNIA FONTE DE VIDA!
Nossa Lenda sempre propõe a falar sobre a Amazônia e sua importância para o futuro das próximas gerações, o seu valor inestimável, sua biodiversidade, a sua exuberante fauna e flora, preservá-la é preservar a vida da humanidade. Nesse sentido a Lenda do Tucumã vem conscientizar a todos de que cada um pode fazer a sua parte conservando o meio ambiente em que está inserido.
Nunca a Lenda ficou três anos sem vencer, tenho a certeza de que este ano estamos com uma equipe ótima e harmoniosa. Há dois anos estamos estruturando a Lenda, pois começamos do zero sem se quer ter uma caixa de som, fantasias e matérias de apoio, estamos legalizando e vamos tirar o CNPJ até o final deste ano.
Estamos decepcionados com o andamento em que a Prefeitura e Secretaria de Cultura estão encaminhando o festival. A falta de respeito com os brincantes e dirigentes que são os principais personagens deste evento. Espero que tudo se resolva e que antes da metade do mês de agosto seja repassado o dinheiro aos coordenadores.

FestLenda pode acabar!


Há uma década os coordenadores das Danças Folclóricas de Novo Aripuanã, vem lutando, humilhando-se para realizar o maior evento cultural de Novo Aripuanã. Todos os anos pegamos um chá de cadeira, ficamos dias sendo enrolados fora que sempre começamos a ensaiar bem antes. Nesses dez anos sempre acontece à mesma coisa ficamos dependendo da “boa vontade” do prefeito.
Apesar de todo esse empecilho continuamos com o mesmo ideal de sermos independente. No entanto, tudo depende da prefeitura para realização do evento. Fica um alerta aos nossos governantes de que o FEMUNA já acabou e faz parte do passado! É nesse caminho que segue FestLenda, mesmo com a aprovação de uma lei municipal sancionada pelo prefeito atual.É uma grande perda para cultura aripuanense, cabe a população questionar e reivindicar do prefeito se este ano vai ser realizado o FestLenda.
Entretanto há uma luz no fim do túnel, quando o governador visitou Novo Aripuanã todos os representantes de danças reuniram-se e reivindicaram a ele sobre a não realização do festival. Obtivemos uma resposta positiva e estamos aguardando o patrocínio de uma entidade particular, apesar do “interesse” do governo ficou claro que a administração municipal não tem veemência em realizar o evento.

Até que enfim!


Estava para completar um ano da promessa do ex-governador Eduardo Braga, que na inauguração da Quadra Paroquial em 2009, acolhido e ovacionado pelo povo aripuanense prometeu que todas as ruas de nossa cidade seriam asfaltadas. Após um mês chegou a Novo Aritana uma empresa de terraplanagem com as placas do Governo do Estado do Amazonas, entretanto até hoje não se sabe como é o nome da tal empresa que há mais de seis meses não asfaltaram se quer nenhuma rua por completa nesta cidade.
Graça a Deus que este ano é um ano político, e o atual governador e candidato a governo, percebeu que as ruas estão intransitáveis e que os políticos aripuanenses são coniventes, irresponsáveis e descomprometidos com o povo, haja visto que as ruas continuavam do mesmo jeito e os nossos representantes estão “comendo abiu”. Parece que agora as ruas vão ser asfaltadas, há uma semana veio outra empresa de terraplanagem e já asfaltou mais ruas que a empresa supracitada, as ruas estão ficando bonitas e boas de transitar, mas fica o alerta aos motociclistas de que a vida é o nosso maior bem! Preserve-a...