Turismo o “ouro verde” Aripuanense

Quando Novo Aripuanã completou 50 anos, meio século de sua fundação observei um foldem que divulgava o evento de aniversario da cidade, tinha o nome de um grupo denominado “movimento banzeiro”, achei interessante o nome e o objetivo do grupo. No entanto o banzeiro transformou se numa simples maresia, e me parece que aquele grupo foi apenas uma idéia criada para aquele momento. Novo Aripuanã tem um potencial turístico impressionante, sua beleza natural com ilhas e rios cheios de peixes, seu encontro das águas, rio madeira e aripuanã assim como o da nossa capital. São alguns dos vários pontos turísticos que esta cidade deslumbrante nos oferece.
Investir no turismo é ter a certeza que o retorno é imediato, a economia do município cresce, todos lucram do comerciante ao agricultor. Claro que isso demanda tempo e um planejamento competente. O primeiro passo é divulgar a cidade, isso exige gasto e muitos de nossos representantes compartilham da idéia de que propaganda não é investimento, é desperdiçar o dinheiro em futilidade. Entretanto como diz o ditado popular à propaganda é a alma do negocio, e nossa cidade é um produto ótimo para ser vendido, apesar de sua imagem está manchada por sangue pela disputa do poder, e por algumas desordem.
Vou citar alguns exemplos de cidades que investiram no turismo natural e hoje sua economia multiplicaram se: Presidente Figueiredo organizou se e investiu na urbanização da cidade, adéquo, transformou seu ponto turístico em um lugar indescritível, outra cidade é Rio Preto da Eva, que construiu uma praia artificial para realizar a festa da laranja e montou uma usina de biodiesel, essas duas cidades investem em propaganda com altidoos, comerciais de TV local, divulgam a cidade como se diz “vendem o peixe”. Essas duas cidades ficam próximas de Manaus esse poderia ser um argumento, no entanto Nova Olinda, Iranduba, Silves e Autazes também estão próximas da capital e não tem todo esse potencial turístico. Outra cidade é Maués que fica distante de Manaus, quase a mesma distancia de Novo Aripuanã para capital, mas que o investimento em turismo é primordial para sustentabilidade do município.
Nosso município é repleto de belezas naturais, falta ser explorado com fins turísticos, a exuberância de seus rios, lagos e igarapés, ótimos para fazer a pesca esportiva, locais que atraíram o ex-governador Eduardo Braga, Ana Maria Braga, Arnold Shuasneguer, dentre outras celebridades. Há alguns anos vários turistas espanhóis trazido pelo ex-pároco de nossa cidade, que investiram seu capital e foram embora por falta de apoio de nossos governantes. Infelizmente o investimento é muito pouco, e conversando com alguns amigos comentei a idéia de que a prefeitura poderia criar uma Secretaria de Turismo e Cultura. Alem das belezas naturais indescritíveis que Novo Aripuanã possui, temos vários eventos culturais que podem chegar ao nível do Festival de Verão de Maués, Fecani de Itacoatiara, Festejo de Santo Antonio de Borba, Festival das Cirandas de Manacapuru. Hoje notamos um investimento do Governo do Estado do Amazonas em nosso municipio, sobretudo na Reserva do Juma (RDS) na localidade da Boa Frente que atrai centenas de turistas, falta valorizar e divulgar, saber aproveitar a oportunidade que o ecoturismo nos proporciona, estamos sentado em cima do ouro, “ouro verde” que no século XVI foi denominado por “El Dorado” pelos espanhóis, aproveitar todo esse ecossistema sem destruir é primordial para sustentabilidade do planeta.
Assistindo a TV a cabo em um programa do Geografic Channel, vi uma reportagem falando sobre a descorbeta do menor macaco do mundo, um cientista norueguês descobriu aqui em Novo Aripuanã um sagüi que cabe na mão de um ser humano, saber explorar essa megabiodiversidade é essencial para que Novo Aripuanã busque outras alternativas de renda econômica, sem depender integralmente da Prefeitura Municipal. Novo Aripuanã é o municipio que fica localizado no centro do rio madeira, e deste municipio pegando a estrada NAP-01 podemos viajar por todo país. Somos privilegiados moramos numa cidade belíssima, de um povo acolhedor, hospitaleiro, humilde e simples, valorizar esta terra e o povo que nela vive é indispensável para que a dignidade de cada aripuanense regresse junto com a esperança em ver um verdadeiro “Novo” Aripuanã.